vagabundos em omnipotência,
loucos varridos em sã consciência,
pérolas sujas e encrostadas
do cego manto da obediência;
Sou aquele que traz a paz - diz ele.
Sou aquele que traz a dor;
Sou aquele que traz a chama e castigo,
Sou aquele a quem devem louvor.
amargo desalento da rotina,
do ser que muito vê e não imagina,
indesejada felicidade aprisionada
da alma pura e em ruína;
E eu? Eu sou a miséria!
Sou a descrença e solidão incolor;
Sou o homem a quem ninguém chama amigo,
Sou aquele que nunca teve amor.
oh! utopia desajustada!
a este mundo não devemos nada,
para além ou aquém será justiça feita
com o perdão do senhor ou a lâmina de uma espada!
Eu, eu sou o poder! Eu, eu, e apenas eu.
Sou teu guia, teu mestre e teu aprendiz.
Sou a tua prisão, teu passado e teu destino,
Sou a doce ilusão que te faz feliz.
curiosidade? blasfémia, ofensa e pecado!
mal-dizeres e mal-pensares dum ser mal-amado.
em causa e dúvida não há escolhidos,
a casa da luz não acolhe um desorientado.
Sou a salvação,
o cavalgar do tempo que urge desesperado.
sou o doce vazio após o milagre do nada,
sou a repulsa ao inevitavel.
oh, do que nos vale lutar e gritar?
todos sabemos que é inútil questionar,
o mundo gira e nada liga ao nosso querer,
giremos com ele, não vale a pena querer mudar.
Quem és tu? Perguntou ela.
Sou o medo, fiel amigo e companheiro.
Ao teu lado ficarei, de grande ajuda serei,
e do rebanho alheio terás sempre receio.
Eu... Sou um homem!
As sete faces de um sonhador,
carcaça morimbunda no teatro de fantoches
e vivo os meus credos com fervor.
[11/2006]
André França
loucos varridos em sã consciência,
pérolas sujas e encrostadas
do cego manto da obediência;
Sou aquele que traz a paz - diz ele.
Sou aquele que traz a dor;
Sou aquele que traz a chama e castigo,
Sou aquele a quem devem louvor.
amargo desalento da rotina,
do ser que muito vê e não imagina,
indesejada felicidade aprisionada
da alma pura e em ruína;
E eu? Eu sou a miséria!
Sou a descrença e solidão incolor;
Sou o homem a quem ninguém chama amigo,
Sou aquele que nunca teve amor.
oh! utopia desajustada!
a este mundo não devemos nada,
para além ou aquém será justiça feita
com o perdão do senhor ou a lâmina de uma espada!
Eu, eu sou o poder! Eu, eu, e apenas eu.
Sou teu guia, teu mestre e teu aprendiz.
Sou a tua prisão, teu passado e teu destino,
Sou a doce ilusão que te faz feliz.
curiosidade? blasfémia, ofensa e pecado!
mal-dizeres e mal-pensares dum ser mal-amado.
em causa e dúvida não há escolhidos,
a casa da luz não acolhe um desorientado.
Sou a salvação,
o cavalgar do tempo que urge desesperado.
sou o doce vazio após o milagre do nada,
sou a repulsa ao inevitavel.
oh, do que nos vale lutar e gritar?
todos sabemos que é inútil questionar,
o mundo gira e nada liga ao nosso querer,
giremos com ele, não vale a pena querer mudar.
Quem és tu? Perguntou ela.
Sou o medo, fiel amigo e companheiro.
Ao teu lado ficarei, de grande ajuda serei,
e do rebanho alheio terás sempre receio.
Eu... Sou um homem!
As sete faces de um sonhador,
carcaça morimbunda no teatro de fantoches
e vivo os meus credos com fervor.
[11/2006]
André França